Santa Morte

by carranza

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1.
O grito preso foi solto, dentro de 4 paredes; Com sangue quente, em prantos e contra todos aqueles; Que subjulgam, doutrinam, esmagam, exploram, dentro de 4 paredes tem honra ao sangue que jorra. São cinza as paredes de um mundo sem cor. Gargantas sedentas de um gole de amor. As pessoas esquecem, elas esquecem do que realmente é importante, é sempre importante lembra, que o amor; é importante porra!
2.
Ela queria ouvir, queria acreditar, Entre o povo e o diabo, a peleja do rato, O cão que ladra e a moça dança sem pensar, E ela queria ouvir, queria acreditar, Vem das entranhas da noite, O corpo sente, o ódia ferve na sombra quente, A veia pulsa sem pensar. E ela queria ouvir, queria acreditar, Se fez o dia, a morte, a festa, desfaz o luto sem pensar, que vai... Vai correr sem pensar. E vai buscar, a morte insone, E vai buscar, e um dia vai, Correr sem pensar.
3.
É domingo de manhã, e o pagode comendo no centro, nêgo já derrubou uma grade, pra esquecer do seu sofrimento, e parece que ele consegue, pelo menos naquele momento, ele já não deve a ninguém, mas seu sonhos não valem 1 vintém. Samba do caos, morte, vida, carnaval. Carnaval, ilusão do povo, normal, ano que vem tem de novo, acontece comigo, acontece com você, stressado da vida, vai beber, esquecer, quarta feira chegou, carnaval acabou, acabou fevereiro, acabou o dinheiro, e a vida voltou ao normal, a verdade da vida é o samba do caos. Samba do caos, morte, vida, carnaval. Já passa do meio dia e o suor começou a descer, ele já perdeu a pelada, já não tem mais nada a perder, acende mais um cigarro e vai escondido pro carro, e coloca caos no feijão, foi mais um que sambou na sua mão! Samba do caos, morte, vida, carnaval.
4.
Sei que a vida é um jogo, mas ainda aposto em mim; Pra cada amigo que ganho, dez inimigos eu faço; Não sou melhor que você, nem você melhor que eu; Então me deixe viver, no sossego da paz de Deus. Pois sou um homem do povo, usufruo de ir e vir; Com suor e humildade, conquistei meu espaço; Sempre assumo minhas culpas, sempre preguei união; E encaro meus problemas com vontade e com pé no chão; Porque tenho os pés no chão. Ser servo e ser fiel, ser nobre e ser gentil; Vencer fora de casa e enfrentar fome, frio; Olhar com outros olhos, parar de fingir; Ter alegria no vier e saber quando sorrir. Levanta pra ver o Mundo Novo! Todas as cores que surgem no céu, fazem a mente voar; Pessoas que correm e brincam no chão; não saem do mesmo lugar; Sangue que sai da calçada e desagua no mar.
5.
Asfalto quente que racha o pé, gatilho solto, fogo na ré, sangue de rato e o mané ta morto, na malandragem, gatilho solto. Perigo ronda aqui na cidade, os cabra tão solto na ruindade, engravatado, de farda ou não, se liga brother, cuidado irmão. Se liga brother, cuidado irmão, filhos da seca, terra de cão, tiro certeiro, sangue no chão, pisou na bola, não tem perdão. Dez crianças, dez corpos jogados pelo chão, condenados antes mesmo de entender a situação, brincadeira de arma, arma na cara, arma na mão, armamento pesado é a condição. Corpo fragilizado, franzino, mascarado, empunhando escopetas, mandando seu recado, brincadeira de arma, arma na cara, arma na mão, armamento pesado é a condição. Heróis da violência, filhos da indecência, todos já marcados, com passado, condenados, condenação de uma nação, condenação de um país, esse futuro eu não quis, e assim fazem história e ficam na memória, todos já marcados, com passado, condenados, Dez crianças, dez corpos jogados pelo chão, condenados antes mesmo de entender a situação. Asfalto quente que racha o pé, gatilho solto, fogo na ré, sangue de rato e o mané ta morto, na malandragem, gatilho solto. Perigo ronda aqui na cidade, os cabra tão solto na ruindade, engravatado, de farda ou não, se liga brother, cuidado irmão. Se liga brother, cuidado irmão, filhos da seca, terra de cão, tiro certeiro, sangue no chão, pisou na bola, não tem perdão.

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released January 1, 2017

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carranza PE, Brazil

Lançamos o Santa Morte em 2017. O álbum foi vencedor do Prêmio da Música Pernambucana
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